O veterano Rod Stewart se adequou a todos os estilos – e desafios – que lhe foram impostos ao longo de uma prolífica carreira. Do início com a banda Faces ao auge comercial nos anos 70 e começo dos 80, Sir Rod nunca teve problema em se adaptar às tecnologias e tendências de cada era, emplacando hits na fase disco, new wave e synth pop e na era MTV. • Como vocalista do grupo Faces, que chegou a rivalizar com os Rolling Stones durante o período áureo, Rod Stewart – nascido Roderick David Stewart em 1945 – viu a carreira deslanchar. O primeiro álbum do grupo, First Step (1970), emplacou singles como “Wicked Messenger” e “Pineapple and the Monkey”. • Paralelo ao trabalho com a banda, Stewart lançou, em 1969, o primeiro álbum solo, An Old Raincoat Won't Ever Let You Down. Mais autoral, o projeto misturava as raízes folk, R&B e rock de Stewart de forma autêntica e vigorosa, traduzida no single “Handbags & Gladrags”. • Em 1971, o artista lançou com Faces o álbum Long Player e também o terceiro trabalho solo, Every Picture Tells A Story. Este último foi bem nas paradas britânicas e norte-americanas com o single “Maggie May” – originalmente um lado B que se tornou fenômeno graças aos DJs da época. A partir dali os pesos se inverteram e o artista passou a ser maior que a própria banda. • As crescentes tensões entre Rod Stewart e o Faces fizeram com que 1973 registrasse o último álbum da parceria, Ooh La La. Gravados respectivamente em 1974 e 1975, Smiler e Atlantic Crossing marcaram a nova fase solo, em que o britânico se mudou para os Estados Unidos e começou a viver a vida de superstar pela qual ficou conhecido. O som acompanhou o movimento, flertando com o pop nesse período. • O primeiro álbum de platina chegou com A Night On the Town, de 1976, fase em que Stewart começou a flertar com a disco music. A balada “Tonight's the Night (Gonna Be Alright)” é o carro-chefe do trabalho. Blondes Have More Fun, de 1978, registrou mais um recorde: alavancado pelo megahit “Da Ya Think I'm Sexy?”, o álbum alcançou o primeiro lugar das paradas, vendendo mais de 4 milhões de cópias. • A década de 80 representou outra grande mudança de rumo para o artista, que foi se aventurar no synth pop e na new wave em voga na época. Tonight I'm Yours, de 1981, ganhou outro álbum de platina, mas os anos seguintes não foram particularmente grandiosos. Foi graças à ótima versão para o hit “Downtown Train”, de Tom Waits, que Stewart voltou às paradas em 1989, com o box quádruplo Storyteller. • No início dos anos 90, ele e o ex-companheiro Ron Wood (Rolling Stones) se uniram para a tendência da época e lançaram o acústico da MTV Unplugged... And Seated, de 1993, que rendeu o single “Have I Told You Lately”, além do contato com um novo público, muito mais jovem. Rod Stewart seguiu explorando as possibilidades de uma sonoridade mais acústica ao longo da década. • Os anos 2000 marcam outra virada inusitada na carreira de Sir Rod. Em 2002, fez versões de clássicos do cancioneiro popular norte-americano: do soul da Motown a hits do Creedence Clearwater, Stewart passou uma década revisitando sons de diversos estilos e, de certa forma, se redescobrindo como músico. • Lançado em 2013, o álbum Time marca o início da parceria com a Capitol – e também uma volta às canções autorais. Em 2021, Rod lançou The Tears Of Hercules, autoproclamado melhor álbum do cantor em muitos anos, com direito a turnê pelos Estados Unidos em 2022.