Olivier Messiaen transformou a música para órgão, produziu obras marcantes para piano, conjuntos de câmara e orquestra e se tornou o principal compositor modernista francês de sua época. Ele nasceu em 1908, em Avignon, e se interessou tanto por harmonias exóticas quanto pelo canto dos pássaros, o que foi estimulado por Paul Dukas, seu professor de composição no Conservatório de Paris. Messiaen foi organista da Igreja da Santíssima Trindade de Paris, de 1931 até o fim da vida, em 1992. A obra do compositor vai além da tradição da música ocidental e incorpora elementos da música tradicional de Bali, Índia, Japão e dos Andes. Sua obra mais célebre é o Quatuor pour la fin du temps [Quarteto para o fim dos tempos, de 1941], composto enquanto estava preso em um campo nazista de prisioneiros, na Polônia, durante a Segunda Guerra. A obra tem orquestração para piano, clarinete, violino e violoncelo, instrumentos disponíveis naquela prisão, onde foi apresentada pela primeira vez. É provável que esse quarteto tenha ajudado Messiaen a voltar para Paris bem antes do fim da guerra. Entre os destaques da sua produção estão o ciclo para piano Vingt Regards sur l'enfant-Jésus (1944), a Turangalîla-Symphonie (1948), a única sinfonia do compositor, e a espetacular obra orquestral Des canyons aux étoiles (1974), com 12 movimentos. Os compositores modernistas Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen foram alguns de seus alunos ilustres no Conservatório de Paris.